Nem Vem Que Não Tem – Carlos Imperial
Neste artigo você confere informações, história e letra da música Nem vem que não tem, sucesso de Wilson Simonal e autoria de Carlos Imperial.
Um pouco da história de Nem vem que não tem
Lançada em 1967, Nem Vem Que Não Tem é uma das canções mais populares do repertório de Carlos Imperial. A música ficou eternizada na voz de Wilson Simonal e é lembrada até hoje por sua letra bem-humorada e por sua batida envolvente.
Wilson Simonal, já um dos grandes nomes da música brasileira naquele momento, foi o responsável por levar Nem Vem Que Não Tem ao grande público. Lançada como parte do álbum Alegria! Alegria! – Volume 2, a música rapidamente tornou-se um hit, graças à combinação do carisma de Simonal com as qualidades da música citadas acima.
Carlos Imperial era uma figura multifacetada: compositor, produtor, apresentador e um dos grandes agitadores culturais de sua época. Ele tinha um faro certeiro para criar canções que captavam o espírito descontraído e jovem daquele período. Tanto é que foi um dos criadores da “Pilantragem”, um estilo que exaltava a malandragem e a esperteza, transformando em música o chamado “jeitinho brasileiro”, tal como em Mamãe passou açúcar em mim.
Imperial compôs a letra de Nem Vem Que Não Tem com o intuito de criar uma melodia dançante e com apelo popular. A música foi feita pela banda Som Três, liderada por César Camargo Mariano, nos ensaios do programa Show Em Si… Monal, que o cantor apresentava na TV Record e que estava completando um ano no ar.
Nem vem que não tem
Nem Vem Que Não Tem é um exemplo típico do estilo de Carlos Imperial: leve, irreverente e voltado para o entretenimento. Imperial sabia como conectar suas criações ao público, usando temas cotidianos e uma linguagem despojada. Embora muitas de suas composições tenham sido rotuladas como superficiais, alienadas ou voltadas para o consumo imediato, elas continuam a ser lembradas como parte do movimento de renovação musical da época.
Além de ter sido apresentada no programa de TV e lançada no disco Alegria! Alegria!, ainda em 1967 a canção também fez parte do repertório do disco Show em Simonal – que eternizou o musical televisivo – e saiu em um compacto simples, ao lado de Escravos de Jó, cantiga popular que Simonal transformou em sucesso de vendas.
Já em 1969, o francês Pierre Cour criou a versão Tu Veux ou Tu Veux Pas, que primeiro foi gravada pelo cantor Marcel Zanini e, no ano seguinte, por ninguém menos que a atriz Brigitte Bardot.
A música Nem Vem Que Não Tem é, ainda hoje, uma das mais conhecidas do repertório de Wilson Simonal, frequentemente regravada e redescoberta por novas gerações, especialmente em coletâneas que celebram a música popular brasileira dos anos 1960.
Informações Gerais
Ano de Lançamento:
1967.
Gênero:
Soul.
Compositores:
Carlos Imperial (1935-1992)
Gravações Representativas:
Wilson Simonal.
Letra de Nem Vem Que Não Tem
Nem vem que não tem
Nem vem de garfo Que hoje é dia de sopa Esquenta o ferro Passa minha roupa Eu nesse embalo vou botar pra quebrar.Sacudim, sacundá, sacundim, gundim, gundá!
Nem vem que não tem
Nem vem de escada Que o incêndio é no porão Tira o tamanco Tem sinteco no chão Eu nesse embalo vou botar pra quebrar.Sacudim, sacundá, sacundim, gundim, gundá!
Nem vem!
Numa casa de caboclo Já disseram: Um é pouco, dois é bom, três é demais! Nem vem! Guarda teu lugar na fila Todo homem que vacila A mulher passa pra trás.Nem vem que não tem
Pra virar cinza minha brasa demora Mixou meu papo, mas já vamos embora Eu nesse embalo vou botar pra quebrar.Sacudim, sacundá, sacundim, gundim, gundá!
Para Ouvir:
Wilson Simonal na versão original.
Versão ao vivo de Wilson Simonal em 1970.
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