As melhores músicas de Noel Rosa
Compositor de primeiríssima qualidade e um dos fundadores da moderna música popular brasileira, Noel Rosa (1910-1937) influenciou diversas gerações. Sua morte precoce impediu a continuidade de seu trabalho que, certamente, ainda não havia chegado no auge. Para celebrar sua memória, nós fizemos uma seleção com as melhores músicas de Noel Rosa.
Nascido no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, Noel Rosa ficou conhecido como o “Poeta da Vila”. Começou a compor sambas em 1929, quando também entrou para o grupo “Bando dos Tangarás”. Fez muitas músicas em homenagem às mulheres pelas quais foi apaixonado. Mas por sua imensa criatividade e seu modo diferenciado de olhar o mundo e interpretá-lo, seu estilo ficou marcado mesmo pela sua veia de cronista. Suas letras continham boas doses de ironia, humor e autenticidade!
E para relembrarmos um pouco toda essa genialidade, vamos listar as 15 melhores músicas de Noel Rosa, interpretadas pelos mais diversos e ilustres artistas da MPB. Para que fique evidente a grandeza desse genial compositor.
As 15 Melhores Músicas de Noel Rosa
- Conversa de Botequim;
- Com que Roupa;
- Filosofia;
- Feitio de Oração;
- Não tem tradução;
- Gago Apaixonado;
- Feitiço da Vila;
- Palpite Infeliz;
- Pra que Mentir?;
- Não tem Tradução;
- Pierrot Apaixonado;
- Quem dá Mais;
- Para me Livrar do Mal;
- João Ninguém;
- Rapaz Folgado.
Conversa de Botequim – 1935 (Noel Rosa e Vadico)
Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa / Uma boa média que não seja requentada / Um pão bem quente com manteiga à beça / Um guardanapo e um copo d’água bem gelada…
Com que Roupa – 1930 (Noel Rosa)
Agora vou mudar minha conduta / Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar / Vou tratar você com a força bruta / Pra poder me reabilitar…
Filosofia – 1933 (Noel Rosa e André Filho)
O mundo me condena, e ninguém tem pena / Falando sempre mal do meu nome / Deixando de saber se eu vou morrer de sede / Ou se vou morrer de fome…
Feitio de Oração – 1932 (Noel Rosa e Vadico)
Quem acha vive se perdendo / Por isso agora eu vou me defendendo / Da dor tão cruel desta saudade / Que por infelicidade / Meu pobre peito invade…
Não tem tradução (ou Cinema Falado) – 1933 (Noel Rosa)
O cinema falado é o grande culpado da transformação / Dessa gente que sente que um barracão prende mais que um xadrez…
Gago Apaixonado – 1931 (Noel Rosa)
Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago / Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago / Não po-posso com a cru-cru-crueldade da saudade / Que que mal-maldade, vi-vivo sem afa-fa-go…
Feitiço da Vila – 1933 (Noel Rosa e Vadico)
Quem nasce lá na Vila / Nem sequer vacila / Ao abraçar o samba /Que faz dançar os galhos / Do arvoredo e faz a Lua / Nascer mais cedo
Palpite Infeliz – 1935 (Noel Rosa)
Quem é você que não sabe o que diz? / Meu Deus do Céu, que palpite infeliz! / Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira, Oswaldo Cruz e Matriz / Que sempre souberam muito bem / Que a Vila Não quer abafar ninguém…
Pra que Mentir? – 1933 (Noel Rosa e Vadico)
Pra que mentir? / Se tu ainda não tens / Esse dom de saber iludir? / Pra quê?! Pra que mentir? / Se não há necessidade / De me trair?…
Fita Amarela – 1933 (Noel Rosa)
Quando eu morrer, não quero choro nem vela / Quero uma fita amarela gravada com o nome dela / Se existe alma, se há outra encarnação / Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão…
Para me Livrar do Mal – 1932 (Noel Rosa e Ismael Silva)
Estou vivendo com você / Num martírio sem igual / Vou largar você de mão / Com razão / Para me livrar do mal…
João Ninguém – 1935 (Noel Rosa)
João Ninguém / Que não é velho nem moço / Come bastante no almoço / Pra se esquecer do jantar… / Num vão de escada / Fez a sua moradia / Sem pensar na gritaria / Que vem do primeiro andar…
Rapaz Folgado – 1933 (Noel Rosa)
Deixa de arrastar o teu tamanco / Pois tamanco nunca foi sandália / E tira do pescoço o lenço branco / Compra sapato e gravata / Joga fora esta navalha que te atrapalha…
Pierrot Apaixonado – 1935 (Noel Rosa e Heitor dos Prazeres)
Um pierrô apaixonado / Que vivia só cantando / Por causa de uma colombina / Acabou chorando, acabou chorando / A colombina entrou num butiquim / Bebeu, bebeu, saiu assim, assim…
Onde está a honestidade – 1933 (Noel Rosa)
Você tem palacete reluzente / Tem jóias e criados à vontade / Sem ter nenhuma herança nem parente
Só anda de automóvel na cidade / E o povo já pergunta com maldade / Onde está a honestidade?…
E essa foi a nossa lista de grandes sucessos com o melhor de Noel Rosa.
Para saber mais sobre a vida de Noel Rosa, clique aqui.
Muitos de seus sambas ficaram de fora, mesmo assim, esperamos que o post tenha servido para homenagear este artista que é fundamental na história da música brasileira.
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