História e Letra de Canto de Ossanha de Baden Powell e Vinicius de Moraes

Confira, neste artigo, informações, história e letra da música Canto de Ossanha, de Baden Powell e Vinicius de Moraes.

Informações Gerais

Ano de Lançamento:
1966.

Gênero:
Afro-Samba

Compositores:
Baden Powell (1937-2000) e Vinicius de Moraes (1931-1980).

Gravações Representativas:
Elis Regina; Vinícius de Moraes & Baden Powell; Jair Rodrigues; Toquinho & Vinicius.

História de Canto de Ossanha

O violonista Baden Powell e o poeta Vinicius de Moraes iniciaram uma parceria em 1962. É deste momento, por exemplo, a canção Samba em Prelúdio. Tempos depois, influenciados pela sonoridade baiana – qual seja, a mescla entre samba de roda e terreiros de Candomblé -, a dupla criou o que passou a ser chamado de Afro-Samba. Sendo a música “Berimbau” sua primeira grande representante, lançada pelo Quarteto em Cy, em 1964.

Assim, “Canto de Ossanha” é um dos mais famosos afro-sambas. Seu lançamento aconteceu em 1966, no programa Fino da Bossa, da TV Record; apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues. Elis, inclusive, gravou a canção inúmeras vezes e sempre de maneira incrível, levando parte do crédito pela popularidade da música. Ela chegou até a formar dupla com Chico Anysio, em um programa do humorista, numa interpretação, obviamente, bem humorada. Aliás, o carinho da cantora pela música também se justifica pelo fato de que ela viu a composição ser finalizada por Baden e Vinicius, nos bastidores do programa, como ela mesma contava.

Os compositores, no mesmo ano de 1966, lançaram o disco “Os Afro-sambas de Baden e Vinicius” eternizando uma versão autoral de “Canto de Ossanha”, abrindo o disco, com participação vocal do Quarteto Em Cy.

Letra de Canto de Ossanha.

O homem que diz dou (não dá)
Porque quem dá mesmo (não diz)
O homem que diz vou (não vai)
Porque quando foi já não quis
O homem que diz sou (não é)
Porque quem é mesmo é (não sou)
O homem que diz tô (não tá)
Porque ninguém tá quando quer.

Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha traidor
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor.

Vai, vai, vai (não vou)
Vai, vai, vai (não vou)
Vai, vai, vai

Não vou, que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor.

Amigo sinhô Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte pr’o seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pr’o seu Orixá
O amor só é bom se doer.

Vai vai vai vai (amar)
Vai vai vai vai (sofrer)
Vai vai vai vai (chorar)
Vai vai vai vai (dizer)

Eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor.

Para Ouvir:

Versão de Baden & Vinicius com Quarteto em Cy.

 

Versão de Elis Regina


 

 


 

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